Brasil ocupa o 5º lugar em adoção de criptomoedas, revela Chainalysis
O Brasil se destacou novamente no cenário global de criptomoedas, sendo o quinto país no mundo com maior adoção desses ativos. Essa informação foi revelada em um levantamento recente da Chainalysis. O dado mostra que, além do crescimento no uso de criptomoedas, o país vem avançando em regulações relevantes, como o Marco Cripto e novas leis para as stablecoins.
De acordo com o Índice Global de Adoção de Criptomoedas 2025, a popularidade das criptomoedas continua crescendo, abrangendo tanto economias desenvolvidas quanto emergentes. Na América Latina, o Brasil não está sozinho, já que aparecem no ranking a Venezuela e a Argentina, ocupando as 18ª e 20ª posições, respectivamente.
Na liderança desse ranking global estão países como Índia, Estados Unidos, Paquistão e Vietnã. A lista dos dez primeiros lugares é a seguinte:
País | Posição |
---|---|
Índia | 1º |
Estados Unidos | 2º |
Paquistão | 3º |
Vietnã | 4º |
Brasil | 5º |
Nigéria | 6º |
Indonésia | 7º |
Ucrânia | 8º |
Filipinas | 9º |
Rússia | 10º |
O crescimento da América Latina
A América Latina tem mostrado um crescimento notável, com 63% de aumento na atividade on-chain no último ano, posicionando-se como a segunda região de maior crescimento, atrás apenas da Ásia-Pacífico.
Os especialistas da Chainalysis destacam que a Ásia-Pacífico se consolidou como o centro global da atividade em criptomoedas, com países como Índia, Paquistão e Vietnã liderando essa onda de adoção. Por outro lado, a África Subsaariana também cresceu, registrando um aumento de 52%, refletindo uma provável dependência da população local em relação às criptomoedas para remessas e pagamentos.
Nos Estados Unidos, o crescimento foi de 49%, impulsionado por uma regulamentação mais clara e a aprovação de ETFs de Bitcoin e Ethereum. Na Europa, apesar de um aumento mais modesto de 42%, isso ainda representa um salto considerável, dado que a região já possui uma base sólida de usuários.
A Chainalysis fez um ajuste no ranking considerando a população de cada país, trazendo à tona um novo panorama de onde as criptomoedas estão realmente se consolidando entre as comunidades. Com isso, o leste europeu ocupa destaque, liderando a lista com países como Ucrânia e Moldávia.
O crescimento das stablecoins
Um dos pontos altos do relatório foram as stablecoins, com destaque para USDT (Tether) e USDC, que seguem dominando o volume de transações. Nos últimos meses, a USDT transacionou mais de 1 trilhão de dólares mensalmente, enquanto a USDC variou entre 1,24 trilhão e 3,29 trilhões.
Esses números sublinham a importância dessas moedas estáveis na infraestrutura do mercado de criptomoedas, especialmente para atividades internacionais e institucionais. No último ano, o ambiente regulatório para stablecoins evoluiu bastante. Nos EUA, o projeto de lei conhecido como GENIUS Act ainda está sendo discutido, mas já gerou um grande interesse entre investidores. Na União Europeia, o regulamento MiCA está preparando o caminho para stablecoins licenciadas.
Além disso, stablecoins menores, como EURC e PYUSD, também mostraram crescimento acelerado. O EURC, por exemplo, teve um aumento médio mensal de 89%, subindo de 47 milhões para mais de 7,5 bilhões em volume mensal.
Essas mudanças são indicativas do aumento da atividade institucional ao redor das stablecoins, com grandes nomes como Stripe, Mastercard e Visa entrando nessa cena. Instituições financeiras tradicionais, como Citi e Bank of America, também estão estudando como expandir suas ofertas, até mesmo considerando lançar suas próprias stablecoins.